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Dor nas costas: quando é hora de procurar um especialista?

Segundo a OMS, cerca de 80% da população mundial sofrerá com o problema em algum momento da vida

A dor nas costas é uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos e pode afetar pessoas de todas as idades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial terá episódios de dor na coluna ao longo da vida. Embora nem toda dor represente um problema grave, saber identificar os sinais de alerta é fundamental para evitar complicações.

Um estudo divulgado pela OMS apontou que as dores crônicas já fazem parte do cotidiano de 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos. A secretária Joana Lima, de 61 anos, é um exemplo. Ela começou a sentir um incômodo na lombar após trabalhar como secretária. “Achei que fosse uma dor muscular comum, pelo tempo sentada no trabalho. Mas ela só piorava. Depois de anos, mal conseguia sair da cama”, conta. O diagnóstico foi uma hérnia de disco e precisou iniciar a fisioterapia imediatamente.

Casos como o de Joana são mais comuns do que se imagina e mostram que a automedicação e a espera por melhora espontânea podem agravar quadros inicialmente simples. “Muita gente ignora os sinais do corpo. Dores que poderiam ser tratadas com medidas conservadoras, como fisioterapia ou mudanças de hábito, podem evoluir e exigir intervenções mais complexas, inclusive cirurgias”, alerta o ortopedista e traumatologista, João Rufino.

De acordo com o especialista, o ideal é procurar atendimento médico quando a dor persistir por mais de quatro a seis semanas. “É importante ficar atento a sintomas como dor irradiada para pernas ou braços, formigamentos, perda de força, dificuldade de locomoção ou de realizar atividades do dia a dia, além de histórico de traumas, febre e perda de peso sem causa aparente. Esses sinais podem indicar problemas mais sérios, como hérnias de disco, fraturas, estenose do canal medular ou até mesmo tumores”, explica.

Para a dona de casa Maria Lúcia Souza, de 46 anos, a dor deu os primeiros sinais enquanto mudava os móveis de lugar, enquanto organizava a casa. “Com o diagnóstico de escoliose, tive que mudar tudo: alimentação, rotina e até me obrigar a fazer atividade física. Hoje, com caminhadas e musculação, vivo com muito menos dor”, relata.

Causas e prevenção

As causas mais comuns da dor nas costas envolvem má postura, sedentarismo, sobrepeso, estresse, esforços repetitivos e até colchões inadequados. Para o Dr. Rufino, a prevenção deve começar com a adoção de hábitos saudáveis. “A prática regular de exercícios leves, fortalecimento muscular, alongamentos e cuidados com a ergonomia, tanto no trabalho quanto em casa, fazem toda a diferença. Mesmo quem já possui diagnóstico pode conviver bem com o problema, desde que haja acompanhamento adequado. O mais importante é não negligenciar os sinais.”

Segundo ele, o autocuidado é um dos caminhos mais eficazes para garantir qualidade de vida e evitar complicações. “Estar atento às necessidades do corpo é essencial. Muitas doenças podem ser prevenidas ou controladas com pequenas mudanças no dia a dia.”

Fonte:  Ortopedista e traumatologista, João Rufino
Texto: Suellen Nunes/Assessoria de comunicação
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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing, Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará - Brasil.

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