Gastronomia

Bares e restaurantes do Pará apostam na alta de vendas no Dia das Mães

Situação no setor continua difícil, com quase metade dos negócios com pendências nos pagamentos. Expectativa é que a data traga alívio ao setor

À medida que o Dia das Mães se aproxima, uma das datas mais celebradas e lucrativas para o setor de alimentação, bares e restaurantes de todo o Brasil se preparam para um aumento significativo no faturamento. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Pará (Abrasel/PA) revelou um otimismo palpável entre os empresários, com 84% dos estabelecimentos planejando abrir suas portas no segundo domingo de maio, dia 12. Destes, 88% esperam superar o faturamento do ano anterior, com a maioria (65%) projetando um aumento de até 20%.

Este otimismo está alinhado com a recuperação gradual do setor, que viu uma melhoria nas vendas em março e uma redução nos prejuízos, 26% das empresas operaram no vermelho em março. Outras 33% ficaram em equilíbrio e 41% realizaram lucro. O índice Abrasel-Stone, que monitora o volume de vendas, registrou um aumento de 11,2% em março comparado a fevereiro. A opinião da maioria dos empresários ouvidos pela pesquisa corrobora o índice: para 60% o faturamento de março foi maior que o de fevereiro – apenas 17% disseram ter sido menor.

“O Dia das Mães promete trazer algum alívio para o setor em nosso estado, onde as empresas tiveram um começo de ano difícil, enfrentando problemas com inflação e endividamento – mais de um quarto dos empreendimentos trabalharam com prejuízo em março. Com isso, a grande maioria vai abrir no dia das mães, pronta para receber as famílias. E a expectativa é ter um resultado em 2024 bem melhor do que tivemos ano passado””, destaca Rafael Menezes, presidente da Abrasel no Pará.

A pesquisa também destacou o problema contínuo da inflação. Quase 56% dos entrevistados afirmaram que não conseguiram acompanhar o aumento inflacionário, que foi de 1,42% no primeiro trimestre do ano. Desse grupo, 35% não conseguiram reajustar seus preços de cardápio e 21% fizeram ajustes abaixo da inflação. Por outro lado, 27% conseguiram aumentar os preços conforme a inflação e apenas 17% ajustaram acima do índice.

O endividamento continua num patamar alto, semelhante ao dos últimos levantamentos, com 49% das empresas apresentando pagamentos em atraso. Entre estes, mais de dois terços (62%) devem impostos federais. Na sequência, 51% devem impostos estaduais, 27% têm parcelas de empréstimos bancários em atraso, 27% devem encargos trabalhistas/previdenciários e 16% estão em débito com serviços públicos como água, gás ou energia elétrica.

Fonte: Abrasel

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guaranyjr

Guarany Jr Prof. de Graduação e Pós de Marketing ,Jornalismo e Propaganda, Jornalista, Comentarista, Consultor, Administrador, Palestrante - Belém - Pará.

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